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Agência FAPESP – A FAPESP e a Czech Science Foundation (GACR) anunciam uma nova chamada de propostas no âmbito do acordo de cooperação entre as instituições.
A chamada visa apoiar projetos em todas as áreas do conhecimento, concebidos e executados em conjunto por pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior e pesquisa do Estado de São Paulo e da República Tcheca. Somente propostas de pesquisa científica básica devem ser submetidas a esta chamada.
Cada proposta deve apresentar um projeto conjunto, com esforços e comprometimento com a pesquisa equivalentes de ambas as equipes e duração idêntica dos componentes sob responsabilidade da equipe do Estado de São Paulo e da República Tcheca. É esperado que os projetos aprovados tenham início em 1º de janeiro de 2024 e se encerrem em até 36 meses. O projeto de pesquisa submetido deverá ser escrito em inglês.
Pesquisadores paulistas deverão seguir as instruções da FAPESP para a submissão de propostas para Auxílio à Pesquisa Regular, com a exceção de que a duração máxima permitida será de três anos, com orçamento limitado a R$ 150 mil anualmente.
A GACR possui orçamento próprio destinado a essa chamada. A FAPESP irá equiparar o número de projetos orçado pela GACR.
A chamada está publicada em: fapesp.br/15932.
Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.
Evento gratuito em português, sem tradução simultânea.
Com o contrato renovado entre a CAPES e editora Elsevier, estão previstos treinamentos de atualização do Embase e demais soluções de pesquisa da editora para pesquisadores, alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências, dos Cursos de Especialização e bibliotecários da Secretaria de Estado da Saúde de São, a serem ministrados conforme informações abaixo:
Responsável: Jéssica Ramos

Responsável: María José Dávila-Rodríguez

Agência FAPESP – O projeto que possibilitou o desenvolvimento de uma vacina tetravalente contra a dengue, desenvolvido no Instituto Butantan, foi o vencedor da edição de 2023 do Prêmio Péter Murányi, que teve como foco pesquisas em saúde. A votação ocorreu na última quinta-feira (02/03).
Conhecida pelo nome de Butantan-DV, a formulação está na reta final dos testes em humanos. O estudo, possivelmente o maior ensaio clínico de uma vacina já feito no país exclusivamente por pesquisadores brasileiros, conta com a participação de aproximadamente 17 mil voluntários com idades entre 2 anos e 59 anos em 13 Estados.
Dados preliminares encaminhados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2022 indicam que o imunizante é seguro e tem eficácia de 79,6%. Os eventos adversos graves foram raros: três casos (ainda não especificados) ou 0,03% do total. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão dor, inchaço e vermelhidão no local da picada e, em casos mais raros, febre e manchas vermelhas pelo corpo que desapareceram em horas. O ensaio clínico deve ser concluído em meados de 2024, quando se completarão cinco anos de acompanhamento do último participante a ingressar na pesquisa.
A Butantan-DV começou a ser desenvolvida no instituto paulista em 2010, em parceria com o National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, e com apoio da FAPESP (leia mais em: agencia.fapesp.br/20882/ e agencia.fapesp.br/22424/).
Produzida com vírus atenuado, a formulação tem potencial para proteger contra os quatro vírus da dengue com uma única dose. Os ensaios clínicos tiveram início em 2013 com apoio da Fundação Butantan e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no âmbito do projeto “Desenvolvimento de uma vacina tetravalente contra a dengue”, coordenado pela pesquisadora Neuza Frazatti Gallina, que representou a equipe do Butantan durante a cerimônia de premiação ao lado de Claudia Botelho.
“Somente no Brasil, em 2022, aproximadamente 1,4 milhão de pessoas foram acometidas com essa doença, resultando em inúmeras hospitalizações e cerca de mil mortes. O combate do mosquito transmissor da dengue tem sido completamente ineficiente. Assim, somente esta vacina vai ser capaz de controlar a doença”, disse Frazatti Gallina em vídeo apresentado na cerimônia.
A pesquisadora acredita que, além do impacto para a saúde pública, haverá também um impacto econômico importante. “Reduz os custos com hospitalizações e com as ausências no trabalho de pessoas acometidas”, afirmou.
O segundo colocado na premiação foi o projeto “Vigilância digital como ferramenta inovadora para o enfrentamento da atual e futura pandemias: da avaliação de eficácia vacinal à previsão de novas emergências”, desenvolvido na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sob a coordenação do pesquisador Manoel B. Netto.
A proposta é usar o grande volume de dados produzido no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma integrada para detectar novos surtos causados por vírus respiratórios (Projeto Aesop) e para avaliar a efetividade de novas vacinas em curto espaço de tempo (Projeto VigiVac).
Em terceiro lugar ficou o projeto “Soberania tecnológica no desenvolvimento de vacinas humanas no Brasil: Vacina SpiN-Tec MCTI UFMG”, coordenado por Ricardo Gazzinelli no Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (CTVacinas-UFMG).
Atualmente na primeira fase de testes em humanos, a vacina contra a COVID-19 desenvolvida no Brasil busca induzir no organismo a chamada resposta imune celular, ou seja, a produção de células de defesa (linfócitos T) especializadas em reconhecer e matar o novo coronavírus. Em tese, esse tipo de proteção permaneceria eficaz mesmo diante do surgimento de novas variantes. Os testes pré-clínicos foram conduzidos em parceria com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e contaram com apoio da FAPESP. Os resultados foram divulgados em agosto de 2022 na revista Nature Communications (leia mais em: agencia.fapesp.br/39467/ e agencia.fapesp.br/40153/).
Ao todo, 138 trabalhos foram indicados por 70 instituições de todo o país para participar da 21ª edição do Prêmio Péter Murányi. Os três finalistas foram escolhidos pela Comissão Técnica & Científica, composta por Arnaldo Lopes Colombo (Universidade Federal de São Paulo), Francisco Laurindo (USP), Iscia Lopes Cendes (Universidade Estadual de Campinas) e Luisa Lina Villa (USP).
Instituída em 1999, a premiação é promovida anualmente com o objetivo de reconhecer e premiar trabalhos que, de forma inovadora e prática, contribuam para a melhoria da qualidade de vida das populações. Ao todo oferece R$ 250 mil aos finalistas, além de troféu e certificado de reconhecimento público.
Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.
A pesquisa intitulada “Quantification of Polycyclic Aromatic Hydrocarbons in Commonly Consumed Salami in Brazil”, publicada na revista Food Analytical Methods é fruto da parceria entre Instituto Adolfo Lutz (IAL) e Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, criada desde 2013, com o objetivo de desenvolvimento de metodologia para análise de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) em alimentos.
Por meio desta parceria, já foram implantadas metodologias para análise de HPAs em óleos vegetais e diversos produtos cárneos no Núcleo de Contaminantes Orgânicos do IAL. A FAPESP teve papel fundamental, com auxílio financeiro por projeto regular (nº 2014/12604-0 e 2018/19005-6).
Neste estudo, foi desenvolvida e otimizada uma metodologia para análise de 4 HPAs em salame. Como etapa fundamental da análise, a saponificação foi estudada e otimizada usando planejamento experimental fatorial fracionado, para obtenção das melhores condições. A metodologia foi validada de acordo com parâmetros do INMETRO e Comunidade Europeia, com resultados dentro dos critérios de aceitação. A metodologia foi aplicada na análise de 22 amostras comerciais, e 27% continham ao menos um dos 4 HPAs avaliados, com concentrações superiores ao limite de quantificação. Duas amostras apresentaram contaminação acima dos limites máximos toleráveis no Regulamento da Comunidade Europeia, para benzo[a]pireno e 4 HPAs.
Os HPAs representam uma família de mais de 200 compostos orgânicos que podem ser formados em processos de combustão incompleta de matéria orgânica. São provenientes de fontes naturais (por exemplo, queimadas e erupções vulcânicas) ou, principalmente, de fontes antropogênicas (queima do carvão, escapamento de veículos, fumaças de cigarro, etc.) Na defumação, em especial a defumação tradicional, a fumaça produzida no mesmo local onde a carne está exposta ou processada pode contaminar a carne, já a fumaça fica em contato direto com os alimentos.
Os HPAs podem afetar o organismo por meio de diversas ações tóxicas, em especial efeitos carcinogênicos, que dependerá de outros fatores, incluindo a duração, a via de exposição, a concentração e a toxicidade dos compostos. Alguns estudos indicam também que a exposição aos HPAs pode aumentar o risco de estresse oxidativo, trombose, hipertensão, infarto do miocárdio e doença cardiovascular.
O artigo encontra-se disponível em:
https://link.springer.com/article/10.1007/s12161-022-02414-z
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