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CVE publica “Manual de Normalização de Documentos Técnicos”

O Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac” – CVE, cooperante da BVS Rede de Informação e Conhecimento, publicou recentemente o Manual de Normalização de Documentos Técnicos.

Vale ressaltar que o CVE tem uma produção científica relevante que abrange vários tipos de documentos relacionados à área da vigilância epidemiológica. Dessa forma, o Manual vai contribuir para orientar e normalizar a divulgação dos conteúdos gerados, de forma organizada.

A produção científica do CVE está indexada e disponível em base de dados específica da BVS RIC, neste link

 

BVS RIC disponibiliza serviço de Disseminação Seletiva de Legislação em Saúde – Informe Eletrônico de Legislação em Saúde

Um dos serviços mais relevantes oferecidos pela BVS Rede de Informação e Conhecimento – BVS RIC, da SES/SP, é o Informe Eletrônico de Legislação em Saúde – IELS. Trata-se de uma publicação eletrônica diária, de caráter informativo, que divulga atos normativos atualizados em saúde e áreas afins, de âmbito federal, Estado de São Paulo e Município de São Paulo.

Todo o conteúdo publicado no IELS, além de outras informações sobre legislação em saúde, fica disponível no site da BVS RIC, no link https://ses.sp.bvs.br/vhl/legislacao-em-saude/ e no Portal da SES/SP, neste link

Os atos normativos específicos da área da saúde, são indexados na Base de Dados LESES, e incluem o texto completo e os relacionamentos de cada ato.

Há também um recorte específico para acesso direto às Resoluções do Secretário da Pasta, que podem ser acessadas neste link.

Para ficar atualizado sobre a legislação em saúde publicada diariamente, recebendo o IELS diretamente em seu e-mail, faça seu cadastro neste link

Pesquisas brasileiras servem de referência para políticas públicas em vários países, mostra estudo

Levantamento evidencia a influência de publicações assinadas por cientistas do Estado de São Paulo

Fabrício Marques, da Revista Pesquisa FAPESP

 

A ciência produzida no país, principalmente em temas como mudanças climáticas, Amazônia e biocombustíveis, frequentemente é mencionada em relatórios e documentos que propõem ou analisam políticas públicas de países como Estados Unidos, Reino Unido ou Alemanha. De acordo com levantamento feito na base de dados Overton, um banco internacional de informações sobre políticas públicas e pesquisas vinculadas a elas, um total de 25.391 estudos assinados por autores de instituições científicas do estado de São Paulo foram citados em 33.398 documentos publicados em 123 países entre 2013 e 2022. As fontes desses documentos foram 1.017 organizações públicas e intergovernamentais, além de think tanks, centros de pesquisa que reúnem especialistas para refletir sobre temas relevantes.

“Nosso interesse é analisar os benefícios gerados pela pesquisa de São Paulo para além do ambiente acadêmico e esse banco de dados permite enxergar a sua influência na formulação de políticas públicas que trazem benefícios para a sociedade”, explica a agrônoma Connie McManus, gerente de Relações Internacionais da FAPESP, que fez o estudo em parceria com o imunologista Niels Olsen Câmara, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e assessor da Diretoria Científica da Fundação. “O resultado é que a pesquisa de São Paulo tem influência significativa em políticas públicas no Brasil e em várias partes do mundo.”

Entre as instituições intergovernamentais que mais citam pesquisas paulistas, destacam-se a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Comissão Europeia, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Banco Mundial. Um dado curioso é que, na lista das 25 fontes que mais mencionaram os estudos brasileiros, 23 são do exterior e só duas são do país: o governo federal e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fundação vinculada ao Ministério do Planejamento conhecida por produzir estudos sobre programas governamentais. “O Ipea é um think tank cuja missão é justamente disseminar conhecimento para aperfeiçoar políticas públicas. Nossa produção tem uma grande afinidade com essa base de dados”, diz a economista Fernanda De Negri, coordenadora do Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade do Ipea.

O Brasil aparece atrás dos Estados Unidos, da União Europeia, do Reino Unido, da Alemanha, do Canadá e da França entre os locais cujas instituições mais fizeram menções a pesquisas feitas no estado de São Paulo em documentos relacionados a políticas públicas. Na avaliação de McManus, é possível que órgãos do governo brasileiro não lastreiem suas políticas públicas a estudos científicos com o mesmo empenho de organizações de outros países. “Nossos pesquisadores talvez precisem fazer um esforço maior para disseminar seus resultados em uma linguagem que atinja os tomadores de decisão”, sugere.

O levantamento também mostra quais são os assuntos da pesquisa brasileira que mais reverberam em documentos do exterior. Na área de engenharia e tecnologia, os tópicos biocombustíveis e emissão de gases de efeito estufa se destacam. Já em ciências naturais e ciências sociais, a Amazônia é um tema frequente. Em ciências médicas, estudos sobre as doenças tropicais e os danos dos alimentos ultraprocessados se distinguem, enquanto na agricultura, pesquisas sobre tilápia, citros, eucaliptos e genética de pragas, como Xylella fastidiosa, foram muito mencionadas. O estudo também expõe os pesquisadores de instituições paulistas mais citados nos documentos internacionais. O primeiro da lista, com 137 documentos citados, é Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP, referência em estudos sobre aerossóis e conhecido por seu trabalho no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o IPCC. “A ciência brasileira é levada muito a sério em relatórios internacionais e há temas de pesquisa em que temos o papel de líderes globais”, diz Artaxo, que destaca o trabalho de pesquisadores brasileiros em estudos sobre as mudanças climáticas. “O Brasil só ficou atrás dos Estados Unidos em número de pesquisadores mobilizados nos relatórios do IPCC.”

Vários nomes da lista aparecem em rankings de prestígio acadêmico, como a relação de pesquisadores altamente citados produzida anualmente pela empresa Clarivate Analytics. É o caso de Carlos Augusto Monteiro, da Faculdade de Saúde Pública da USP, pioneiro em estudos sobre alimentos ultraprocessados (ver entrevista), com 130 documentos citados; Pedro Henrique Brancalion, especialista em restauração de florestas tropicais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, com 82, ou o psiquiatra André Brunoni, da Faculdade de Medicina da USP, que coordena estudos sobre depressão, com 70 (ver Pesquisa FAPESP nº 310).

McManus e Olsen Câmara também levantaram dados sobre o desempenho do Brasil inteiro na base Overton e os resultados foram convergentes com os de São Paulo em relação às instituições e países-fontes das citações e o perfil das áreas mais influentes. “Isso não surpreende, porque pesquisadores de São Paulo têm sido responsáveis por mais de 40% da produção do Brasil em anos recentes”, diz McManus. Estudos feitos em colaborações internacionais exibiram uma chance 71% maior de serem citados em relatórios.

A socióloga Ana Cláudia Niedhardt Capella, especialista em políticas públicas e pesquisadora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Araraquara, observa que, nos últimos anos, a produção de conhecimento no país tem sido direcionada para buscar soluções para problemas complexos da sociedade, da desigualdade a desafios relacionados à violência, acesso à saúde e educação. Se por um lado houve um aumento da capacidade acadêmica, por outro, práticas governamentais começaram a valorizar as políticas públicas e a busca por uma maior eficiência em seus investimentos.

“É uma ótima notícia saber que a pesquisa brasileira em políticas públicas tenha se tornado referência internacional, mas há ainda um longo caminho a percorrer”, diz Capella. “É preciso aprofundar a conexão entre pesquisadores e gestores, para que o conhecimento produzido seja mais considerado e possa amparar a produção de políticas públicas no Brasil e para que as próprias pesquisas estejam cada vez mais próximas dos problemas públicos que motivam as ações governamentais.”

Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

 

 

Conheça o histórico de notícias da BVS RIC

Desde sua implantação, em 2006, a BVS RIC tem como premissa divulgar notícias, informações, publicações e serviços de seus centros cooperantes, das várias unidades da SES/SP e de instituições afins, sobre temas relacionados à saúde em diversos aspectos.

Dessa forma, todo o conteúdo divulgado na trajetória da BVS RIC, fica registrado no site e disponível para quem quiser rever e consultar este histórico.

Para acessar o histórico de notícias, clique aqui

 

CAPAGIIC-Saúde 4.0 – Curso Conexões de Leitura na Rede BiblioSUS

O Ministério da Saúde – Coordenação-Geral de Documentação e Informação, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em breve ofertará o Curso Conexões de Leitura na Rede BiblioSUS, do Programa CAPAGIIC-Saúde 4.0.

O curso visa o fortalecimento da Rede de Bibliotecas do SUS (BiblioSUS), com a inclusão das bibliotecas públicas, a fim de estabelecer novas conexões e tessituras, promovendo a biblioterapia e leituras prazerosas.

Acesse aqui o vídeo com esclarecimentos sobre o Curso:

Link de inscrição

Divulgação sobre o curso

Em caso de dúvidas contate: capagiic@ufrgs.br

XI Encontro do Instituto Adolfo Lutz (EIAL) 2024: em breve publicaremos maiores detalhes

É com grande entusiasmo que anunciamos o XI Encontro do Instituto Adolfo Lutz (EIAL), que acontecerá no período de 04 a 07 de novembro de 2024, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. O tema central desta edição será: “Os desafios do Laboratório de Saúde Pública: conhecer, monitorar e responder”. Paralelamente ao XI EIAL acontecerá o 1º Simpósio dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública.

O EIAL, promovido pelo Instituto Adolfo Lutz é um evento técnico científico direcionado aos profissionais e estudantes que se dedicam à Saúde Pública, sejam eles médicos, biomédicos, biólogos, farmacêuticos, bioquímicos, químicos, dentre outros, com interesse na área de vigilância laboratorial bem como da pesquisa e da investigação científica.

Nesta edição serão apresentados temas de grande interesse em Saúde Pública como: resistência antimicrobiana, arboviroses, tuberculose, leishmaniose, doenças tropicais negligenciadas, vacinas, saúde única, zoonoses, vigilância genômica de agentes infecciosos, métodos moleculares aplicados a alimentos, edulcorantes, desastres ambientais, monitoramento de contaminantes químicos e poluentes emergentes, alimentos plant based: qualidade e inocuidade, fraudes em alimentos, contaminantes e impurezas na produção de medicamentos e alimentos, micro e nanomateriais, educação e comunicação em ciência, entre outros.

Esperamos tê-los conosco.

Comissão Organizadora do XI Encontro do Instituto Adolfo Lutz.     

Instituto Adolfo Lutz | XI Encontro do Instituto Adolfo Lutz
Av. Dr. Arnaldo, 355 | CEP 01246-902 | São Paulo, SP | E-mail: divulgacao.eial@ial.sp.gov.br

Universidade de Illinois planeja novo modelo de colaboração em pesquisa com o Brasil

Elton Alisson | Agência FAPESP – Será lançado oficialmente durante a FAPESP Week Illinois, que ocorrerá entre os dias 9 e 10 de abril em Chicago, nos Estados Unidos, o programa Brasillinois.

A iniciativa busca criar um novo modelo de colaboração em pesquisa entre o Brasil e o Sistema de Universidades de Illinois (UIS, na sigla em inglês), nos Estados Unidos – formado pelas universidades de Illinois em Urbana-Champaign, em Chicago e em Springfield –, por meio da construção de conexões de pesquisa em áreas como clima e sustentabilidade, medicina e saúde pública e inclusão social.

Outro objetivo do Brasillinois é o de aumentar o intercâmbio entre estudantes de graduação e de doutorado brasileiros com os do UIS e do Consórcio de Educação Superior dos Grandes Lagos – que inclui outras universidades dos Estados Unidos e do Canadá –, além de parceiros institucionais na América do Norte.

De acordo com informações disponíveis no site da iniciativa, a meta do programa de mobilidade estudantil e docente é levar mais de cem estudantes brasileiros de graduação e doutorado às três universidades do UIS nos próximos anos.

Os estudantes de graduação poderão passar um semestre em Illinois e os alunos de doutorado serão classificados como pesquisadores visitantes e poderão permanecer por um período de três a dez meses na instituição anfitriã.

O UIS também pretende apoiar visitas a universidades parceiras brasileiras para docentes que orientarem estudantes no programa de mobilidade para fortalecer a colaboração acadêmica.

“A pesquisa conduzida pelo corpo docente do Sistema de Universidades de Illinois e nossos parceiros no Brasil tem um potencial incrível em áreas como clima, agricultura, medicina, saúde pública e democracia – todas questões críticas para a vida no século 21. Quando docentes de diferentes origens e culturas colaboram, cada um traz os seus próprios pontos fortes e perspectivas, que servem para alimentar inovações e fortalecer soluções. O Brasillinois terá como objetivo capitalizar esse tipo de conexão para produzir resultados potencialmente transformadores”, disse em nota à Agência FAPESP Tim Killeen, reitor do UIS.

Na área de medicina e saúde pública, um dos objetivos do Brasillinois será usar dados e iniciativas comunitárias de Illinois e do Brasil para desenvolver e lançar programas-piloto destinados a aumentar a expectativa de vida em ambientes urbanos e rurais e estabelecer estudos de coorte nas duas regiões.

Já no tema clima, as colaborações entre pesquisadores do UIS também poderão ser feitas no âmbito da iniciativa Amazônia+10, que articula pesquisadores vinculados às Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) de 25 Estados brasileiros em projetos de pesquisa na região da Amazônia Legal.

Liderado pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), com a parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o programa já destinou quase R$ 100 milhões em recursos para projetos científicos.

“Com o amplo alcance da FAPESP em diferentes disciplinas e sua extensa rede de universidades e agências, estamos entusiasmados com a oportunidade de colaborar em interesses compartilhados que beneficiarão tanto o povo do Brasil quanto o de Illinois”, afirmou Killeen.

FAPESP Week Illinois

Durante dois dias, a FAPESP Week Illinois reunirá, na sede do Discovery Partners Institute, em Chicago, pesquisadores vinculados a universidades e instituições de pesquisa no Estado de São Paulo, do UIS, da região dos Grandes Lagos e de instituições parceiras do Canadá e do México.

O objetivo do encontro é estabelecer novas colaborações em pesquisa multidisciplinares para enfrentar os principais desafios em áreas como saúde, cidades sustentáveis, agricultura inteligente, clima, bioenergia e consolidação de instituições democráticas.

“Nossa parceria com o Sistema de Universidades de Illinois para a promoção da FAPESP Week é um importante avanço no nosso relacionamento com os estados centrais da América do Norte, do Canadá ao México”, avaliou Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP. “Os temas que serão discutidos são relevantes para o futuro do nosso planeta – da água às instituições democráticas e da saúde única à agricultura inteligente. Este evento contribuirá para fortalecer os laços entre instituições de ambos os lados, bem como destacar a excelente investigação que será realizada em ambos os continentes”, estimou.

Realizada em parceria com universidades e instituições de pesquisa do exterior, a FAPESP Week visa promover a aproximação entre pesquisadores com produção destacada em suas áreas de atuação com o objetivo de discutir pesquisas em andamento e a elaboração de novos projetos cooperativos. A primeira edição do evento ocorreu em Washington, nos Estados Unidos, em outubro de 2011.

Já foram realizadas outras 19 edições da FAPESP Week. A última aconteceu em novembro de 2019, na França. A série de encontros internacionais foi interrompida em razão da pandemia de COVID-19 e será retomada este ano com a realização da FAPESP Week Illinois.

Mais informações sobre o programa Brasillinois estão disponíveis em: uillinois.edu/brasillinois.

E a programação da FAPESP Weel Illinois pode ser acessada em: fapesp.br/week/2024/illinois.