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Currículos acadêmicos mudam para destacar contribuições de impacto

O conceito de currículo acadêmico está mudando e, daqui a algum tempo, pode prescindir daquelas listas de artigos publicados, de nomes de alunos orientados e de prêmios conquistados ao longo da carreira. A tendência é que se transforme em um documento menos exaustivo, mas com espaço para o pesquisador destacar suas contribuições mais relevantes e qualidades profissionais, inclusive as que não são medidas por indicadores de desempenho consagrados. Em dezembro passado, a Agência de Pesquisa e Inovação do Reino Unido (UKRI), principal instituição de fomento à ciência do país, anunciou a adoção de um novo formato de sinopse para os cientistas que apresentam projetos ou solicitam recursos, batizado de Currículo para Pesquisa e Inovação (R4RI).

O novo currículo da UKRI se inspira em um modelo proposto há três anos pela Royal Society, a tradicional instituição que promove o conhecimento científico no Reino Unido. Em linhas gerais, o R4RI determina que os pesquisadores escrevam textos sobre a sua contribuição científica em quatro vertentes distintas. A primeira é a geração de conhecimento, o que inclui a produção de ideias ou hipóteses novas, o modo como elas foram testadas e, depois, divulgadas ao público além do financiamento que receberam. Nesse módulo cabe listar uma curta seleção de resultados de pesquisa relevantes, na forma de artigos, patentes, softwares, produtos educacionais ou comerciais, ou coleções de dados abertos, entre outros.

A segunda vertente contempla os esforços do pesquisador para o desenvolvimento de estudantes e colegas, como práticas de ensino, orientações e supervisões, o estabelecimento de colaborações, o compartilhamento de dados e habilidades de liderança reconhecidas. A terceira tem a ver com o impacto na comunidade científica, em atividades de revisão por pares, participação em comitês de avaliação de pesquisadores e projetos, ou ainda no empenho para disseminar e valorizar conceitos de integridade científica. E a quarta abrange a contribuição do pesquisador para a sociedade, incluindo interações com o setor privado, aconselhamento de autoridades, consultoria para elaboração de políticas públicas e divulgação de resultados científicos na imprensa e em redes sociais. “O pesquisador pode até incluir alguns indicadores em suas narrativas, mas a abordagem geral é descritiva, não quantitativa”, explicou Elizabeth Gadd, gestora de política científica da Universidade de Loughborough, na Inglaterra, em um texto publicado no blog da London School of Economics and Political Science. “Não é tarefa fácil escrever currículos narrativos tampouco avaliá-los. Mas eles fornecem uma imagem muito mais rica e sutil da contribuição individual de um acadêmico, o que permite reconhecer e recompensar uma gama muito mais ampla de atividades do que é possível atualmente.”

Outras nações da Europa engajaram-se nesse tipo de mudança. O Fundo Nacional de Pesquisa de Luxemburgo adotou em 2021 um modelo de currículo narrativo para pesquisadores em busca de financiamento que, de acordo com suas diretrizes, busca “permitir que um candidato seja avaliado de forma mais justa de acordo com sua visão científica, experiência e contribuições para a ciência e a sociedade, em vez de basear-se apenas em métricas, títulos de periódicos e outras informações que não representam integralmente o potencial de um pesquisador”. De acordo com o documento, outro objetivo é “nivelar o campo de jogo” para candidatos em diferentes níveis de carreira. Como cada um só pode informar um conjunto restrito de contribuições, jovens pesquisadores conseguem disputar os recursos com os veteranos que têm uma produção científica mais extensa.

Os Países Baixos têm uma experiência destacada – e controversa – com currículos narrativos. Desde 2019, a Organização Holandesa para a Pesquisa Científica (NWO) vetou a apresentação de listas exaustivas de artigos por pesquisadores que submetem projetos. Em vez disso, eles foram desafiados a fazer uma relação de não mais de 10 trabalhos de sua autoria, acompanhados de uma descrição dos motivos pelos quais o requerente considera aqueles resultados importantes.

Instituições de ensino superior se uniram a esse esforço em seus processos internos de avaliação – o caso mais extremo é o da Universidade de Utrecht, que decidiu não levar mais em conta indicadores bibliométricos para contratar e promover seus docentes, passando a valorizar a descrição de outros tipos de contribuição, como a formação de recursos humanos e o empenho em trabalhar em equipe, algumas delas de caráter subjetivo (ver Pesquisa FAPESP nº 307). A iniciativa vem causando ruído e tem a oposição de parte da comunidade científica. “Você chega a se emocionar com as histórias, mas é muito difícil usar esses currículos narrativos para fazer uma comparação justa e objetiva dos candidatos”, disse o epidemiologista Lex Bouter, especialista em integridade científica, que foi reitor da Universidade Livre de Amsterdã entre 2006 e 2013. “Ainda precisamos de indicadores quantitativos”, afirmou, em entrevista a Pesquisa FAPESP publicada em abril (ver Pesquisa FAPESP nº 314).

Na avaliação de Jacques Marcovitch, reitor da Universidade de São Paulo (USP) entre 1997 e 2001, a discussão sobre o formato dos currículos narrativos está integrada a um contexto mais amplo, que envolve a expectativa da sociedade para que resultados de pesquisa financiados com dinheiro público produzam impacto na realidade e nas condições de vida das pessoas. Está igualmente inserida em estudos sobre formas responsáveis de avaliação acadêmica. “No fundo, os currículos narrativos buscam incorporar dimensões do impacto da pesquisa que os indicadores consagrados em currículos tradicionais não contêm”, diz Marcovitch, que coordena um projeto financiado pela FAPESP voltado ao desenvolvimento de novas métricas para avaliar o desempenho científico, econômico e cultural das universidades públicas.

A consolidação de um novo modelo não é uma tarefa corriqueira, ele observa. “Currículos narrativos requerem a coleta e apresentação de dados de uma forma relativamente estruturada. Primeiro, as atividades são explicadas. Em seguida, mostra-se o impacto do trabalho. Por fim, são fornecidas provas documentais rigorosas que conectam o trabalho ao impacto declarado. Essa é uma mudança cultural significativa para pesquisadores acostumados a um estilo de currículo mais direto”, afirma Marcovitch. De todo modo, ele considera um equívoco contrapor os dois modelos. “Devemos evitar a polarização entre uma escola ‘narrativa’ e uma escola ‘bibliométrica’, como se o debate opusesse o qualitativo ao quantitativo. Os sistemas de avaliação precisam abranger ambas as vertentes para serem suficientemente flexíveis, rigorosos e replicáveis.”

A FAPESP baseia a concessão de recursos para auxílios e bolsas em avaliações de mérito feitas por especialistas, mas também leva em conta indicadores bibliométricos. A Súmula Curricular, que é o documento de referência para a análise das qualificações dos pesquisadores que solicitam financiamento, vem sofrendo modificações e a última delas ocorreu em 2021. Alguns itens da súmula seguem sendo apenas descritivos, como os que apontam as instituições em que o pesquisador se formou, as posições profissionais que já ocupou, os financiamentos que recebeu, além de indicadores relacionados à publicação de artigos e livros, citações, orientação de estudantes, supervisão de estagiários de pós-doutorado, entre outros. Em paralelo, também há espaço para mensurar outros impactos dessa produção. Uma das seções é destinada ao registro de informações biográficas que o pesquisador julgar relevantes para a contextualização e a análise de sua atividade profissional recente. Em outro campo da súmula, o pesquisador deve declarar cinco de seus resultados científicos ou acadêmicos que considera mais relevantes. Até o ano passado, havia a possibilidade de declarar até 10 resultados.

“O número restrito de resultados leva o pesquisador a refletir mais sobre a qualidade e a influência de seu trabalho”, afirma José Roberto de França Arruda, professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da Coordenação Adjunta de Ciências Exatas e Engenharias da Diretoria Científica da FAPESP. Os resultados apontados não precisam ser artigos. É possível declarar softwares, palestras, criação de empresas de base tecnológica, entre outras contribuições – e justificar a relevância de forma narrativa. “Mas muitos apenas listam artigos em vez de contextualizar a escolha. Eles perdem a oportunidade de mostrar aos avaliadores por que consideram aquela produção mais relevante”, diz Arruda.

Wolfgang Kaltenbrunner, sociólogo da ciência da Universidade de Leiden, nos Países Baixos, escreveu em 2021 um artigo na revista Humanities & Social Sciences Communications em que enumera sugestões para tornar currículos acadêmicos mais ricos e contextualizados. Entre as recomendações, propõe por exemplo valorizar mais as contribuições substantivas, como uma descoberta original ou um estudo que teve boa repercussão, sem lhes dar o mesmo peso de conquistas que dependeram de fatores circunstanciais, como a publicação de um artigo de impacto em coautoria com um pesquisador de renome. Também enfatiza a importância de priorizar a produção mais recente, a fim de mostrar o quanto está conectado com o estado da arte de seu campo do conhecimento. E aconselha a substituir, sempre que isso for possível, listas por textos narrativos, que podem ser curtos. “Itens listados podem fornecer uma visão geral rápida e bem estruturada, mas também estimulam os avaliadores a contar em vez de ler. Isso pode favorecer julgamentos rápidos em vez de avaliações aprofundadas”, escreveu Kaltenbrunner. “Já as narrativas permitem que os pesquisadores destaquem atividades de alcance público e impacto social que desafiam a quantificação.”

 

Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

Bibliotecária do Instituto Lauro de Souza Lima apresenta defesa de mestrado sobre produção científica do Instituto

A bibliotecária Andrea Bogado do Instituto Lauro de Souza Lima, um dos centros cooperantes da BVS Rede de Informação e Conhecimento da SES/SP, fez sua defesa de mestrado no dia 31 de maio. Com o título “Produção científica sobre hanseníase do Instituto Lauro de Souza Lima: indicadores de colaboração, impacto e visibilidade (2016 a 2020)“, o estudo destaca aspectos relevantes visando “identificar a colaboração, o impacto e a visibilidade da produção científica com outras instituições e países no que concerne à temática hanseníase”.

A banca examinadora foi composta por:

Prof(a). Dr(a). Ely Francina Tannuri de Oliveira (Orientadora) – Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação/Unesp, Faculdade de Filosofia e Ciências, Marilia;
Prof(a). Dr(a). Maria Cláudia Cabrini Grácio – Departamento de Ciência da Informação / Unesp, Faculdade de Filosofia e Ciências, Marilia
Prof. Dr. Natanael Vitor Sobral – Departamento de Ciência da Informação / Universidade Federal de Pernambuco

BOGADO, A. C. . 2022. 130 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Informação) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e Ciências, Marília, 2022.

RESUMO
Os estudos métricos aplicados à Ciência da Informação demonstram-se eficazes na investigação da produção científica, possibilitando a análise de dados estatísticos e o uso de parâmetros para a avaliação e a mensuração da atividade científica. Na área da saúde, esses estudos são largamente aplicados, possibilitando exames amplos sobre os cenários estudados e oferecendo análises quantitativas e qualitativas sobre os dados coletados, portanto, contribuindo para a tomada de decisão e o desenvolvimento e implantação de políticas públicas para a melhora da qualidade de vida e bem-estar da população. No Brasil, uma importante questão de saúde pública é a endemia da hanseníase, que afeta a população de maneira geral e contribui para o aumento da desigualdade social. No sentido de conduzir os países acometidos pela doença para uma solução global, a Organização Mundial de Saúde propõe que os países se unam em colaboração, para que os países mais ricos contribuam com os países mais pobres, para que todos caminhem para um mundo com zero hanseníase. Os estudos de coautoria científica entre pesquisadores, instituições e países são apresentados como um método eficaz de se medir a colaboração científica formal. Dessa forma, o objetivo geral dessa pesquisa é analisar a produção científica do Instituto Lauro de Souza Lima, reconhecido centro de referência em hanseníase, no período de 2016 a 2020, a fim de identificar a colaboração, o impacto e a visibilidade da produção científica entre instituições e países no que concerne a temática hanseníase, tomando a Scopus como base representativa da ciência. De forma específica, objetiva-se: apresentar e analisar a produção científica institucional, bem como analisar a colaboração científica entre instituições, em âmbito nacional e internacional, por meio da análise da coautoria; identificar o impacto da produção científica estudada e verificar a visibilidade da produção científica por meio do impacto acumulado pelos artigos utilizados para a socialização da ciência. Os dados sobre a produção científica foram coletados a partir de 59 artigos indexados na base de dados Scopus e organizados e tratados em planilha de cálculo. Para construção e análise da rede coautoria foram utilizados os softwares VOSviewer e UCINET. Além disso, para os indicadores de impacto foram analisadas as citações recebidas pelos artigos e para os indicadores de visibilidade foram realizadas análises a partir dos valores atribuídos aos periódicos, como o SNIP e quartil. Como resultado, observou-se que de maneira geral as instituições internacionais têm contribuído com as pesquisas brasileiras sobre hanseníase, em particular as instituições de países mais ricos e também as agências de fomento nacionais têm investido recursos específicos em estudos sobre a temática. Em relação a efetiva comunicação científica, se pode afirmar que os estudos analisados estão sendo socializados e citados, especialmente os que contam com coautoria internacional.

Após as correções, em até 60 dias, o trabalho completo estará disponível no Repositório Institucional da Unesp

Os profissionais bibliotecários dos centros cooperantes da BVS RIC estão em contínuo processo de atualização profissional, visando contribuir com novos conhecimentos e melhorias para os serviços prestados ao usuário.

Novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento buscarão soluções para problemas da sociedade

André Julião | Agência FAPESP – Apoiar pesquisas orientadas a problemas com impacto social ou econômico é a missão dos 15 Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs) anunciados durante a cerimônia de comemoração dos 60 anos da FAPESP nesta quarta-feira (25/05). No total, R$ 89,5 milhões serão investidos nos próximos anos nesses novos centros.

Os CCDs têm focos em desafios específicos, de interesse de órgãos públicos e relevantes para o desenvolvimento de São Paulo. Os resultados esperados devem promover o avanço no conhecimento e proporcionar a melhoria das políticas públicas.

Segundo o diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, Carlos Américo Pacheco, a iniciativa valoriza as aplicações dos resultados, com metas de difusão e transferência de tecnologia, criação de novas empresas e outras iniciativas de impacto social ou econômico.

“Essa é a nossa versão do que chamamos de pesquisa orientada a missão. Temos enormes problemas nas várias secretarias de Estado e essa é uma maneira de ouvirmos os gestores públicos, alinharmos os temas de pesquisa e oferecermos chamadas que abordem problemas que as secretarias têm na gestão de políticas públicas. Nesses 15 centros que estamos criando, há um conjunto expressivo de instituições”, disse Pacheco durante a cerimônia.

Os novos CCDs aprovados têm como focos o desenvolvimento de biofármacos, inovação em políticas públicas urbanas, inovação tecnológica para emergências em saúde, soluções para resíduos, segurança hídrica, doenças humanas e animais, emissões de gases do efeito estufa, aprimoramento de vacinas, entre outros.

Sediado no Instituto Butantan, o Centro para Vigilância Viral e Avaliação Sorológica (CeVIVAS), por exemplo, tem como missão o aprimoramento contínuo de vacinas, além de vigilância genômica de influenza, SARS-CoV-2 e dengue. O centro é coordenado por Sandra Coccuzzo Sampaio Vessoni.

“O Butantan tem muitos projetos apoiados pela FAPESP em várias áreas e, mais recentemente, na prevenção de novas pandemias. A vigilância genômica, que foi um dos centros contemplados agora, tem exatamente essa finalidade. A FAPESP, sem sombra de dúvida, se fez presente na pandemia e ainda se faz presente em ações que foram apresentadas pela pandemia, novas necessidades de pesquisa, de políticas públicas, e agora traz uma nova visão para os próximos 60 anos”, disse à Agência FAPESP Dimas Tadeu Covas, diretor do Instituto Butantan, presente na cerimônia.

Covas coordena ainda um dos centros aprovados na primeira chamada Ciência para o Desenvolvimento da FAPESP, o Núcleo de Terapia Celular (NuTeC), com sede na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) (leia mais em: agencia.fapesp.br/34906/).

Xenotransplantes

O recém-criado Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Xenotransplante tem como objetivo desenvolver porcos geneticamente modificados que possam fornecer órgãos para serem transplantados em humanos sem gerar rejeição (leia mais em: agencia.fapesp.br/29761/).

Coordenado por Silvano Raia, professor da Faculdade de Medicina da USP, o centro tem entre os pesquisadores Mayana Zatz, professora do Instituto de Biociências da USP e coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL), também apoiado pela FAPESP.

“Esse apoio é fundamental não só do ponto de vista financeiro: abre perspectivas para novos investimentos da iniciativa privada. O fato de ser um projeto apoiado pela FAPESP dá um respaldo científico muito importante”, disse Zatz à Agência FAPESP após a cerimônia.

A pesquisadora conta que o grupo conseguiu produzir os primeiros embriões de porcos geneticamente modificados, nos quais os genes que causam rejeição aguda em humanos são inativados com técnicas de edição gênica. O próximo passo será inserir os embriões em porcas que servirão de “barriga de aluguel”, dando origem, em breve, aos animais com órgãos que em tese não causam rejeição.

Inicialmente, a ideia do grupo é produzir rins que possam ser transplantados em humanos. No entanto, futuramente espera-se que os animais possam fornecer córneas, pele e até mesmo coração.

“Para o coração, estamos fazendo uma parceria com um grupo da Nova Zelândia que produz animais geneticamente menores, chegando a 120, 130 quilos, em comparação aos convencionais, que chegam a cerca de 400 quilos. Para rins e córneas, não faz diferença o tamanho do órgão a ser transplantado, mas para o coração é preciso que seja menor para caber na cavidade torácica humana e que bombeie sangue proporcionalmente”, explicou Zatz.

Parcerias consistentes

Para Jean Paul Metzger, professor do Instituto de Biociências da USP e coordenador do BIOTA Síntese, um centro apoiado na chamada anterior dos CCDs, essa modalidade de apoio torna consistentes parcerias que já existiam, mas que não eram necessariamente institucionalizadas (leia mais em: agencia.fapesp.br/38674/).

“O fato de termos um projeto consolidado, com apoio da FAPESP e com o compromisso de todos os atores, faz com que institucionalizemos essas parcerias. Não somos mais pesquisadores com projetos individuais, mas um grupo com diferentes saberes que vai trabalhar conjuntamente com o governo e outros atores dentro de uma dinâmica compactuada por todos. Temos um horizonte de trabalho, um compromisso, recursos financeiros para trabalhar e todo um entusiasmo gerado com a aprovação do projeto”, resume.

Veja abaixo a lista dos novos CCDs anunciados na cerimônia de comemoração dos 60 anos da FAPESP.

Centro de Ciência Translacional e Desenvolvimento de Biofármacos

Instituição-sede: Centro de Estudos de Veneno e Animais Peçonhentos/Unesp

Instituições participantes: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da USP, Instituto Adolfo Lutz da Secretaria de Saúde de São Paulo (SSSP), Instituto Biológico de São Paulo da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAASP) e Instituto de Infectologia Emílio Ribas (SSSP)

Centro de Inovação em Políticas Públicas Urbanas

Instituição-sede: Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Instituições participantes: FGV, Insper Instituto de Ensino e Pesquisa

Plataforma de Inovação Tecnológica para Emergências em Saúde

Instituição-sede: Instituto Butantan, SSSP

Instituições participantes: Instituto Butantan, Fundação Butantan

Centro de Ciência para o Desenvolvimento de Soluções para os resíduos pós-consumo: embalagens e produtos

Instituição-sede: Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), SAASP

Instituições participantes: Ital, SAASP e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE)

Centro de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento para Inovação em Medicina e Saúde

Instituição-sede: Faculdade de Medicina da USP

Instituições participantes: USP, Escola Politécnica/USP e Siemens Ltda.

Centro para Segurança Hídrica e Alimentar em Zonas Críticas

Instituição-sede: Instituto de Agronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP

Instituições parceiras: The Nature Conservancy Brazil, Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável da SAASP, Escola Politécnica/USP, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo/USP e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

Centro de Doenças Tromboembólicas

Instituição-sede: Centro de Hematologia e Hemoterapia da Unicamp

Instituições parceiras: Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher/Unicamp, Centro Infantil Boldrini, Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, Fundação Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, Hospital das Clínicas da Unicamp, Hospital das Clínicas de Botucatu, Hospital do Câncer de Barretos, Secretaria de Saúde de Campinas, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Hospital Moysés Deutsch, Queen’s University Belfast, Bayer Brasil e In Situ Terapia Celular Ltda.

Centro Plataforma Tecnológica em Sanidade Animal

Instituição-sede: Instituto Biológico de São Paulo, SAASP

Instituições participantes: Centro Pan-Americano de Febre Aftosa; Coordenadoria de Defesa Agropecuária/SAASP; Embrapa Pecuária Sudeste; Faculdade de Ciências Agrárias de Jaboticabal; Faculdade de Ciência Farmacêuticas de Araraquara; Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos/USP; Instituto de Biologia/Unicamp, Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em São Paulo/Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa; Biobreyer; Merck e Stabivet Diagnósticos

Centro Paulista de Estudos da Transição Energética

Instituição-sede: Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Unicamp

Instituições participantes: Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo – IFSP; Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Unesp, PUCMINASPC, Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu, Uninove, Faculdade de Direito/USP, Faculdade de Direito/UPM, Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba/Unesp, Lappeenranta-Lahti University – Delft University of Technology, Eletrobras, CPFL e Radaz

Centro de Estudos sobre Urbanização para o Conhecimento e a Inovação

Instituição-sede: Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp

Instituições parceiras: Inova/Unicamp, Instituto 17, Prefeitura Municipal de Campinas, SDE – Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp, Faculdade de Tecnologia da Unicamp, Ecclo, Flock e Suzano

Soluções para Combate às Doenças Emergentes da Piscicultura

Instituição-sede: Instituto de Pesca da SAASP

Instituições participantes: SAASP, Centro de Aqüicultura da Unesp/Jaboticabal, Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos/USP, Ital, MCCF

Centro de Ciência para o Desenvolvimento da Neutralidade Climática da Pecuária de Corte

Instituição-sede: Instituto de Zootecnia da SAASP

Instituições participantes: SAASP, Embrapa Pecuária Sudeste, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal/Unesp, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade Federal de Lavras, University of Florida, University of Georgia, University of Washington, Alltech do Brasil, DSM, JBS e Silvateam

Centro para Vigilância Viral e Avaliação Sorológica

Instituição-sede: Instituto Butantan da SSSP

Instituições participantes: Fundação Butantan, São Paulo Mendelics e Osang Healthcare/Coreia do Sul

Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Xenotransplante

Instituição-sede: Faculdade de Medicina da USP

Instituições participantes: Instituto de Biociências da USP, IPT/SDE e Xenobrasil

Controle do Câncer no Estado de São Paulo

Instituição-sede: Fundação Oncocentro de São Paulo da SSSP

Instituições participantes: SSSP, Faculdade de Medicina/USP, Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp, Faculdade de Saúde Pública/USP, Instituto do Câncer, Instituto Mauá, Instituto Oncoguia e International Agency for Research on Cancer/França

 

Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.