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Artigo publicado na revista The Lancet Global Health tem a contribuição de pesquisadores de São Paulo

Pesquisadores do Reino Unido em colaboração com pesquisadores do Brasil desenvolveram um modelo matemático de acesso aberto para calcular custo-efetividade na implantação de medidas de contenção da transmissão vertical do HTLV-1, utilizando dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais do Brasil e a Tabela SUS para cálculo dos custos.

Em São Paulo, contribuíram para o estudo pesquisadores do Instituto de Medicina Tropical e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (Dr. Jorge Casseb, Dra. Tatiane Assone e Dra. Youko Nukui), do Instituto Adolfo Lutz (Dra. Adele Caterino-de-Araujo) e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Dr. Augusto Cesar Penalva de Oliveira

O artigo foi publicado recentemente na revista The Lancet Global Health (IF 38,927).

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Edital apoiará projetos que ajudem a reduzir fatores de risco para doenças não transmissíveis

Agência FAPESP – A FAPESP anuncia sua participação em uma chamada de propostas lançada pela Global Alliance for Chronic Diseases (GACD), associação que reúne agências de fomento de 73 países. Serão selecionadas propostas de pesquisa que tenham como objetivo desenvolver estratégias para a redução dos fatores de risco para doenças não transmissíveis (DNTs) em cidades e em populações desfavorecidas globalmente, bem como minimizar as iniquidades de saúde relacionadas.

No contexto do edital, o termo “cidades” inclui centros urbanos, assentamentos informais, favelas e áreas periurbanas.

O proponente deverá selecionar uma ou mais cidades onde a pesquisa será realizada, adaptando para o contexto das populações contempladas as premissas de intervenções baseadas em evidências; tais intervenções devem ser referência em estudos voltados à redução de riscos de DNTs no meio urbano e incidir em três temas: mudança comportamental, modificação do ambiente construído e melhora do acesso a serviços de prevenção primária e secundária.

Espera-se que os projetos forneçam a líderes municipais recomendações globais de políticas e práticas que promovam a saúde da população de forma equitativa e ambientalmente sustentável, ao mesmo tempo que enfrentem os desafios da rápida urbanização, crescentes desigualdades sociais e mudanças de clima. A chamada está atrelada à consecução de um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas: “reduzir a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis em um terço até 2030” (ODS 3.4).

É desejável, mas não obrigatório, que as propostas envolvam equipes internacionais, colaborativas, multidisciplinares e multiculturais, financiadas por duas ou mais agências de fomento participantes da chamada. No momento, dez agências de fomento têm participação confirmada no edital.

Embora apenas pesquisadores qualificados possam se inscrever para esta oportunidade de financiamento, a colaboração com as partes interessadas, como a comunidade e grupos de pacientes, formuladores de políticas locais, profissionais de saúde pública e outros atores cujas organizações ou comunidades possam se beneficiar da pesquisa, é essencial. A GACD disponibiliza uma ferramenta para facilitar novas parcerias.

Projetos Temáticos

Pesquisadores interessados em participar da chamada devem consultar a FAPESP a respeito de sua elegibilidade antes de iniciar a elaboração do projeto. Apenas pesquisadores considerados elegíveis poderão submeter propostas. As regras de elegibilidade correspondem àquelas aplicadas para a modalidade Auxílio à Pesquisa – Projeto Temático. As consultas serão recebidas até 18 de maio.

A oportunidade está aberta a pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior ou de pesquisa sediadas no Estado de São Paulo. Caso sejam formadas equipes internacionais, o pesquisador responsável da equipe estrangeira, financiado pela respectiva agência de fomento, deve se cadastrar como colaborador na proposta enviada à FAPESP.

As diretrizes para participação de pesquisadores do Estado de São Paulo encontram se em: https://fapesp.br/15936/.

O anúncio internacional da oportunidade está disponível em: www.gacd.org/funding/current-call-for-applications/ncd-prevention-in-cities.

GACD

Esta é a quinta vez que a FAPESP participa de uma chamada da GACD. Com sede em Londres, a associação reúne agências financiadoras de pesquisas em doenças crônicas não transmissíveis em diversos países. A aliança coordena e apoia atividades de pesquisa voltadas à prevenção e ao tratamento de doenças crônicas não transmissíveis em escala global – enfermidades que respondem por cerca de 60% das mortes em todo o mundo, segundo a organização –, especialmente em países de baixa ou média renda e com populações mais vulneráveis.

Entre os membros da aliança que já confirmaram participação na chamada, além da FAPESP, estão National Health and Medical Research Council (Austrália), Institutes of Health Research (Canadá), Medical Research Council (Reino Unido), Agência para Pesquisa Médica (Japão), Direção Geral de Pesquisa e Inovação da Comissão Europeia e National Institutes of Health (Estados Unidos).

 

Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

FAPESP lança edital com agência de fomento da República Tcheca

Agência FAPESP – A FAPESP e a Czech Science Foundation (GACR) anunciam uma nova chamada de propostas no âmbito do acordo de cooperação entre as instituições.

A chamada visa apoiar projetos em todas as áreas do conhecimento, concebidos e executados em conjunto por pesquisadores vinculados a instituições de ensino superior e pesquisa do Estado de São Paulo e da República Tcheca. Somente propostas de pesquisa científica básica devem ser submetidas a esta chamada.

Cada proposta deve apresentar um projeto conjunto, com esforços e comprometimento com a pesquisa equivalentes de ambas as equipes e duração idêntica dos componentes sob responsabilidade da equipe do Estado de São Paulo e da República Tcheca. É esperado que os projetos aprovados tenham início em 1º de janeiro de 2024 e se encerrem em até 36 meses. O projeto de pesquisa submetido deverá ser escrito em inglês.

Pesquisadores paulistas deverão seguir as instruções da FAPESP para a submissão de propostas para Auxílio à Pesquisa Regular, com a exceção de que a duração máxima permitida será de três anos, com orçamento limitado a R$ 150 mil anualmente.

A GACR possui orçamento próprio destinado a essa chamada. A FAPESP irá equiparar o número de projetos orçado pela GACR.

A chamada está publicada em: fapesp.br/15932.

 

Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

Lançamento da versão 2023 do DeCS/MeSH

Lançamento da versão 2023 do DeCS/MeSH
  • Dia: 23 março 2023
  • Hora: 15h00 (hora de Brasília)
  • Acesso: bit.ly/DeCS2023 
Agenda:
  • Dra. Luciana Beatriz Piovezan Rio Branco (BIREME/OPAS/OMS)
  • Dra. Mariângela Lopes Fujita, da Universidade Estadual Paulista (UNESP), como convidada

 Evento gratuito em português, sem tradução simultânea.

Editora Elsevier, por meio do Portal Capes, promove treinamentos de bases de dados para alunos e pesquisadores da SES/SP

Com o contrato renovado entre a CAPES e editora Elsevier, estão previstos treinamentos de atualização do Embase e demais soluções de pesquisa da editora para pesquisadores, alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências, dos Cursos de Especialização e bibliotecários da Secretaria de Estado da Saúde de São, a serem ministrados conforme informações abaixo:

Dia 28/03 às 14h – Introdução a Science Direct e Scopus: principais plataformas de conteúdo acadêmico revisadas por pares.

Link para inscrição:  https://bit.ly/3L8vNND

Responsável: Jéssica Ramos

Dia 29/03 às 14h – Otimize suas pesquisas nas áreas de Ciências Biomédicas e da Saúde com Embase.

Link para inscrição: https://bit.ly/3ZJGha7

Responsável: María José Dávila-Rodríguez

Profissionais da SES/SP, façam suas inscrições e aproveitem a oportunidade para ampliar conhecimentos no acesso à informação científica em saúde.

Vacina contra a dengue desenvolvida no Instituto Butantan vence o Prêmio Péter Murányi 2023

Agência FAPESP – O projeto que possibilitou o desenvolvimento de uma vacina tetravalente contra a dengue, desenvolvido no Instituto Butantan, foi o vencedor da edição de 2023 do Prêmio Péter Murányi, que teve como foco pesquisas em saúde. A votação ocorreu na última quinta-feira (02/03).

Conhecida pelo nome de Butantan-DV, a formulação está na reta final dos testes em humanos. O estudo, possivelmente o maior ensaio clínico de uma vacina já feito no país exclusivamente por pesquisadores brasileiros, conta com a participação de aproximadamente 17 mil voluntários com idades entre 2 anos e 59 anos em 13 Estados.

Dados preliminares encaminhados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2022 indicam que o imunizante é seguro e tem eficácia de 79,6%. Os eventos adversos graves foram raros: três casos (ainda não especificados) ou 0,03% do total. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão dor, inchaço e vermelhidão no local da picada e, em casos mais raros, febre e manchas vermelhas pelo corpo que desapareceram em horas. O ensaio clínico deve ser concluído em meados de 2024, quando se completarão cinco anos de acompanhamento do último participante a ingressar na pesquisa.

A Butantan-DV começou a ser desenvolvida no instituto paulista em 2010, em parceria com o National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, e com apoio da FAPESP (leia mais em: agencia.fapesp.br/20882/ e agencia.fapesp.br/22424/).

Produzida com vírus atenuado, a formulação tem potencial para proteger contra os quatro vírus da dengue com uma única dose. Os ensaios clínicos tiveram início em 2013 com apoio da Fundação Butantan e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no âmbito do projeto “Desenvolvimento de uma vacina tetravalente contra a dengue”, coordenado pela pesquisadora Neuza Frazatti Gallina, que representou a equipe do Butantan durante a cerimônia de premiação ao lado de Claudia Botelho.

“Somente no Brasil, em 2022, aproximadamente 1,4 milhão de pessoas foram acometidas com essa doença, resultando em inúmeras hospitalizações e cerca de mil mortes. O combate do mosquito transmissor da dengue tem sido completamente ineficiente. Assim, somente esta vacina vai ser capaz de controlar a doença”, disse Frazatti Gallina em vídeo apresentado na cerimônia.

A pesquisadora acredita que, além do impacto para a saúde pública, haverá também um impacto econômico importante. “Reduz os custos com hospitalizações e com as ausências no trabalho de pessoas acometidas”, afirmou.

O segundo colocado na premiação foi o projeto “Vigilância digital como ferramenta inovadora para o enfrentamento da atual e futura pandemias: da avaliação de eficácia vacinal à previsão de novas emergências”, desenvolvido na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sob a coordenação do pesquisador Manoel B. Netto.

A proposta é usar o grande volume de dados produzido no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma integrada para detectar novos surtos causados por vírus respiratórios (Projeto Aesop) e para avaliar a efetividade de novas vacinas em curto espaço de tempo (Projeto VigiVac).

Em terceiro lugar ficou o projeto “Soberania tecnológica no desenvolvimento de vacinas humanas no Brasil: Vacina SpiN-Tec MCTI UFMG”, coordenado por Ricardo Gazzinelli no Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (CTVacinas-UFMG).

Atualmente na primeira fase de testes em humanos, a vacina contra a COVID-19 desenvolvida no Brasil busca induzir no organismo a chamada resposta imune celular, ou seja, a produção de células de defesa (linfócitos T) especializadas em reconhecer e matar o novo coronavírus. Em tese, esse tipo de proteção permaneceria eficaz mesmo diante do surgimento de novas variantes. Os testes pré-clínicos foram conduzidos em parceria com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e contaram com apoio da FAPESP. Os resultados foram divulgados em agosto de 2022 na revista Nature Communications (leia mais em: agencia.fapesp.br/39467/ e agencia.fapesp.br/40153/).

Ao todo, 138 trabalhos foram indicados por 70 instituições de todo o país para participar da 21ª edição do Prêmio Péter Murányi. Os três finalistas foram escolhidos pela Comissão Técnica & Científica, composta por Arnaldo Lopes Colombo (Universidade Federal de São Paulo), Francisco Laurindo (USP), Iscia Lopes Cendes (Universidade Estadual de Campinas) e Luisa Lina Villa (USP).

Instituída em 1999, a premiação é promovida anualmente com o objetivo de reconhecer e premiar trabalhos que, de forma inovadora e prática, contribuam para a melhoria da qualidade de vida das populações. Ao todo oferece R$ 250 mil aos finalistas, além de troféu e certificado de reconhecimento público.

 

Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.