Arquivo do Autor: lschiavon

Instituto Lauro de Souza Lima: produção científica indexada

O Instituto Lauro de Souza Lima – ILSL, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, é um centro cooperante da BVS Rede de Informação e Conhecimento – BVS RIC, e disponibiliza uma base de dados específica com sua produção científica.

Esta base de dados está em constante processo de atualização, e indexa, disponibiliza e promove o controle bibliográfico do conteúdo científico e técnico gerado pelos profissionais e pesquisadores do Instituto.

As pesquisas podem ser feitas por título, assunto, tipos de estudo, ano de publicação, além de permitir outras opções de filtro. Os registros, em sua maioria, estão disponíveis em texto completo, permitindo o rápido acesso.

O ILSL coordena a BVS Hanseníase, com diversas informações e conteúdos específicos na área.

Para acessar a produção científica do Instituto Lauro de Souza Lima, indexada na BVS RIC até o momento, clique aqui

FAPESP busca atrair instituições científicas de renome mundial para São Paulo

Elton Alisson | Agência FAPESP – A FAPESP lançou o programa Centro Internacional de Pesquisa (CIP) com o objetivo de estimular a criação de centros internacionais constituídos por entidades científicas de renome mundial em parceria com universidades e instituições de pesquisa paulistas.

“O propósito do CIP é possibilitar a consolidação de São Paulo como um ambiente de pesquisa colaborativa de excelência internacional, onde cientistas estrangeiros possam efetivamente trabalhar em conjunto com jovens pesquisadores em início de carreira e estudantes de pós-graduação paulistas”, diz à Agência FAPESP Marcio de Castro, diretor científico da FAPESP.

De acordo com o dirigente, está prevista a criação de nove CIPs nos próximos anos, em universidade ou instituição de pesquisa pública ou privada.

Cada CIP poderá receber recursos de até R$ 30 milhões da FAPESP por um período de cinco anos. Os recursos poderão ser mobilizados pelas instituições parceiras de acordo com os instrumentos de apoio disponibilizados pela FAPESP: bolsas de doutorado, pós-doutorado e estágio no exterior, auxílio a jovens pesquisadores e aquisição de equipamentos multiusuários.

“Os CIPs terão um orçamento definido para projetos de pesquisa previamente aprovados pelas duas instituições parceiras e avaliados pela FAPESP, em áreas estratégicas para o Estado de São Paulo e na fronteira do conhecimento. A ideia é que esses projetos colaborativos permitam não só a ida de pesquisadores paulistas para o exterior, mas também a vinda e a fixação em São Paulo de grupos internacionais de cientistas, em vários níveis de carreira”, explica Leandro Colli, assessor para colaborações internacionais da FAPESP.

Segundo Colli, uma das exigências para a constituição dos CIPs é a presença cativa de pesquisadores vinculados a instituição internacional parceira nos centros de pesquisa.

“A finalidade dos CIPs é estabelecer parcerias institucionais de longa data que permitam o livre intercâmbio de estudantes de graduação e pós-graduação e de pesquisadores”, afirma.

As universidades e instituições de pesquisa paulistas serão responsáveis pela prospecção e estabelecimento de parcerias com instituições internacionais para a constituição dos CIPs. A contrapartida econômica será na forma de salários de pesquisadores e de pessoal de apoio, infraestrutura e instalações dos centros. Já as instituições internacionais serão encarregadas do pagamento de salários e auxílio para a permanência de seus pesquisadores em São Paulo.

“Acreditamos que os CIPs terão impacto importante na comunidade de ciência, tecnologia e inovação do Estado, já que manterão forte colaboração internacional”, avalia o diretor científico da FAPESP.

Primeiro CIP

O primeiro CIP a integrar o novo programa é o Centro Internacional de Pesquisa (IRC) “Transições”, lançado pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), da França, e a Universidade de São Paulo (USP).

Inaugurado no campus da USP, em São Paulo, em março de 2024, o IRC é o sexto criado pelo CNRS em parceria com uma universidade no mundo. A instituição já estabeleceu parcerias semelhantes com as universidades do Arizona e de Chicago (Estados Unidos), com o Imperial College London (Reino Unido), com a Universidade de Tóquio (Japão) e com a Universidade de Sherbrooke (Canadá).

A principal missão do IRC Transições é estimular a pesquisa interdisciplinar, abordando desafios globais complexos, nas áreas de ciências humanas e sociais, ecologia e meio ambiente, oceanografia, biologia, tecnologias quânticas, metodologias e aplicações de computação e agricultura e descarbonização.

“O IRC Transições alcançou um marco significativo e passou por uma evolução estratégica de grande importância ao se tornar, desde o final de fevereiro, o primeiro Centro Internacional de Pesquisa financiado pela FAPESP. Esse avanço representa uma mudança de paradigma na cooperação científica internacional”, avalia Liviu Nicu, diretor do escritório do CNRS na América do Sul e diretor científico do centro.

“Para o CNRS, cujo compromisso com o Brasil, e em particular com o Estado de São Paulo, é de longa data e de grande envergadura, esse reconhecimento tem um valor estratégico fundamental, pois reflete a importância que nosso parceiro brasileiro atribui à colaboração científica de longo prazo e ao seu fortalecimento contínuo”, disse.

Alguns dos avanços alcançados no primeiro ano de operação do IRC foi a constituição de dois laboratórios internacionais de pesquisa (IRLs, na sigla em inglês). O primeiro IRL, com foco em biologia, está localizado no campus da USP em Ribeirão Preto e tem o objetivo de avançar na compreensão das respostas imunes e inflamatórias, particularmente as associadas à inflamação pulmonar e neurológica crônica.

O segundo, batizado “Mundos em Transição”, é dedicado às ciências humanas e sociais e está situado no campus da USP em São Paulo. As pesquisas são voltadas a explorar transformações globais complexas, incluindo mudanças climáticas, transição energética e o impacto da inteligência artificial.

“A França tem um longo histórico de cooperação com a USP, especialmente no campo das humanidades. Pesquisadores franceses participaram da fundação da universidade, em 1934. Mas essa colaboração científica tem sido muito baseada em redes pessoais, mantidas por pesquisadores que foram realizar doutorado ou pós-doutorado na França e estabeleceram uma rede de cooperação que muitas vezes é rompida quando se aposentam, por exemplo”, diz François-Michel Le Tourneau, diretor de pesquisa do IRL Mundos em Transição.

“O objetivo de constituir esse laboratório na USP, em São Paulo, é estruturar melhor e aumentar a cooperação, possibilitando o diálogo permanente e a existência dessas redes de colaboração científica por um longo prazo”, explica o geógrafo.

Uma das primeiras iniciativas dos pesquisadores do laboratório será mapear a rede de cooperação científica entre franceses e brasileiros no campo das humanidades, que, ao contrário das existentes nas áreas de exatas e de saúde, por exemplo, é mais difícil de ser aferida porque a produção científica não está lastreada em artigos científicos, ponderou Le Tourneau.

Na avaliação de Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, o laboratório pode se concretizar em uma iniciativa estruturante para consolidar a colaboração científica na área de ciências humanas no Estado de São Paulo.

“Temos muita expectativa de que essa será uma iniciativa estruturante e de longo prazo na cooperação científica em ciências humanas entre o Estado de São Paulo e a França”, avaliou.

Apoio a biotérios trará mais qualidade e biossegurança para pesquisas no Estado de São Paulo

André Julião | Agência FAPESP – Uma chamada de propostas lançada pela FAPESP em dezembro está movimentando a comunidade científica paulista. A Fundação vai investir até R$ 200 milhões para apoiar a melhoria da infraestrutura de biotérios de pequenos animais e da biossegurança de instalações de pesquisa do Estado de São Paulo.

Serão cinco faixas de financiamento: infraestrutura de biotérios, biossegurança das instalações de biotérios de utilização, adequação aos princípios dos 3Rs (redução, refinamento e substituição, na tradução do inglês), reprodução assistida para biotérios de produção e biossegurança para laboratórios e casas de vegetação (leia mais em: agencia.fapesp.br/53644).

“Além de adequar os biotérios paulistas às normas que passarão a ser impostas pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal [Concea], teremos um salto de qualidade nas pesquisas, à medida que poderemos ter mais biotérios com níveis ainda mais elevados de biossegurança, produção de animais livres de patógenos específicos e mesmo a redução do uso desses modelos”, avalia Marcio de Castro, diretor científico da FAPESP.

Pequenos animais como ratos e camundongos são largamente utilizados em pesquisas biomédicas, que investigam mecanismos de doenças e ação de fármacos e vacinas, por exemplo. Os biotérios são os locais onde esses animais são produzidos e mantidos, seguindo normas rígidas de bem-estar e biossegurança.

Graças a isso, é possível ter maior segurança de que os resultados dos experimentos refletem as intervenções realizadas pelos pesquisadores, e não fatores como o estresse ou a contaminação dos animais.

O edital chega num momento em que biotérios de todo o Brasil precisarão ser licenciados pelo Concea, órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) responsável pelo bem-estar dos animais e pela biossegurança dessas instalações.

“Historicamente, as instituições de pesquisa investem pouco nos biotérios, uma vez que o produto final são animais, e não artigos científicos, patentes etc. O que é uma contradição, pois os resultados das pesquisas só são possíveis porque existem os biotérios”, diz à Agência FAPESP Luisa Maria Gomes de Macedo Braga, coordenadora do Concea.

Nos próximos meses, o órgão deve publicar uma resolução normativa definindo as diretrizes a serem seguidas pelas instituições que possuem biotérios para serem licenciadas pelo MCTI. Estas terão até seis meses para se adequar às normas.

Em carta enviada à FAPESP, Braga afirma que os biotérios são elementos fundamentais na cadeia de produção do conhecimento científico de excelência, especialmente na área de biomedicina e ciências agrárias, e desempenham um papel crítico na garantia do bem-estar animal e na reprodutibilidade dos estudos científicos.

“Iniciativas como essa [chamada] promovem não apenas o fortalecimento da infraestrutura de pesquisa, mas também a adesão aos princípios dos 3 Rs e o cumprimento dos preceitos normativos nacionais e internacionais que regem o uso ético de animais”, escreveu Braga.

Segundo a especialista, ao priorizar o apoio a biotérios, a FAPESP reafirma seu compromisso com a excelência científica, a sustentabilidade e a ética na pesquisa, inspirando outras agências e instituições a seguirem o mesmo caminho.

Infraestrutura

“O Estado de São Paulo tem um número muito grande de biotérios, alguns em nível de excelência, mas outros precisando de melhorias significativas. Esperamos que os grupos de pesquisa se unam para propor projetos que melhorem esse cenário, fortalecendo a ciência de São Paulo, como referência para o resto do país”, destaca Sergio Costa Oliveira, coordenador-geral de Programas Estratégicos e Infraestrutura da FAPESP.

Oliveira lembra que as propostas precisam ter caráter multiusuário, com pelo menos cinco projetos de pesquisa associados. Embora os proponentes devam ser pesquisadores responsáveis por projetos já apoiados pela FAPESP, os dirigentes acreditam que a comunidade científica do Estado, como um todo, será beneficiada.

“A partir do momento que se tem um biotério de produção que forneça animais de qualidade, não só outras universidades e institutos de pesquisas podem adquirir esses animais, como mesmo empresas”, pontua Silva.

As propostas devem ser submetidas exclusivamente por meio do Sistema de Apoio à Gestão (SAGe) até 30 de abril.

A chamada está disponível em: fapesp.br/17311.

3º CONESP – Congresso de Especialidades em Saúde – Palestras disponíveis no Youtube

3º CONESP – Congresso de Especialidades em Saúde, promovido pelo Grupo de Desenvolvimento de Recursos Humanos (GDRH), da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, foi realizado nos dias 24 e 25 de fevereiro de 2025, de forma online, com o tema “A Especialização Multiprofissional da SES: Preparando e Desenvolvendo Profissionais para o SUS”.

As apresentações realizadas durante o evento estão disponíveis no canal do Youtube EAD SES.

Para assistir as palestras, clique aqui

Para informações sobre a Escola de Saúde Pública da SES/SP, clique aqui